como receita perdida e palavra ouvida ,não escutada, aqui perco o fio a meada e de uma mente conturbada solto pensamentos iludidos de poder curativo ... tal receita, tal sedativo... placebo da alma
quarta-feira, 23 de março de 2011
um whisky no momento certo,
transforma até o pensamento mais disperso,
remédio dos poetas
forma de ver o mundo em imagens concretas
mas há dias em que nem a mais erudita das bebidas
faz ver minha vida completa
apenas mais uma imagem borratada
de uma pintura deploravel
apenas mais uma nota desgarrada
de uma melodia não amável
são estúpidos dias
em que nem a mais reles das cachaças
adormece meu sono
são malditos dias em que nem rei sem trono
mendigo descalço procurando um cadafalso onde cair ...
e absurdos dias em que bagaço não me adormenta
e a sangria de minha alma nem meu corpo esquenta ...
são inúteis dias em que com a alma dormindo
meus olhos teimam abrir ...
e a demência da minha eloquência não se ausenta e teima me possuir ...
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