sexta-feira, 28 de maio de 2010

Talvez amanha ...


porque,
...
..
.
Ela cresceu junto ao mar
eu bem no cume de uma estranha montanha
a ela minha voz não alcança!

Eu chamo, berro, grito
por mais que o faça
apenas ouve seu nome no som das ondas...
e a mim, nem por sombras.

Pelo correio escrevo mensagens
nos navios que por ali passam.
Mas ela apenas olha para as ondas
esquecendo o aço que no horizonte contrasta...

Então,
...
..
.
Deixo a segurança do alto
derreto gotas de neve
junto-me ao rio
e tento o mar
alcançar...
Pelo meio luto comigo e com o cansaço
para afinal
minha pequena lasca de madeira
no mar
naufragar...

é minha historia esquecida no fundo desse oceano...

Acordo numa negra praia
olhando uma estranha face,
para mais tarde descobrir
apenas meu reflexo na garrafa
apenas mais um estranho enlace

Todos os dias acordo
tento desta negra areia sair
apenas para tarde sucumbir
ao mestre de mais uma noite...

Todos os dias ouso partir
as duas alcançar...
Praia Branca Haverá,
Talvez Hoje,
Talvez Nunca,
Talvez Amanha!



(algo diferente, não pretendendo propriamente sempre uma homogéneo-igualdade)

1 comentário: